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O Silêncio Como Ferramenta de Autocompreensão

  • Foto do escritor: Psicóloga Laís Almeida
    Psicóloga Laís Almeida
  • 9 de nov.
  • 2 min de leitura
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Vivemos em um tempo em que o ruído é constante, sons externos e internos competem por nossa atenção, nos impedindo de ouvir o que realmente importa. No entanto, o silêncio, frequentemente visto como ausência, é, em verdade, uma presença profunda. Ele nos convida a retornar ao essencial, a visitar o que foi abafado pelas urgências e pelas vozes do mundo.



O silêncio é um espelho. Diante dele, não há distrações nem justificativas: somos chamados a confrontar o que sentimos, pensamos e tememos. Na psicologia existencial, essa pausa é um espaço fértil onde o ser humano pode experimentar-se de modo autêntico, sem a necessidade de máscaras. O silêncio abre brechas na consciência, permitindo que o indivíduo perceba a própria angústia não como inimiga, mas como parte inseparável do existir.



Aprender a silenciar não é calar o mundo, mas escutá-lo de outro modo. É compreender que o silêncio não é vazio, mas solo fértil da reflexão. Nele, a mente se reorganiza e o coração reencontra sentido. Em psicoterapia, o silêncio pode ser um momento de revelação: o psicólogo, ao sustentá-lo com presença, oferece ao paciente a possibilidade de mergulhar em si, de encontrar palavras mais verdadeiras após o eco do não-dito.



A autocompreensão nasce nesse entremeio, entre o que se cala e o que se escuta. O silêncio ensina que compreender-se não é dominar-se, mas acolher-se. Que há respostas que só se revelam quando o barulho cessa, e o ser, finalmente, se ouve. Assim, o silêncio deixa de ser ausência e torna-se morada: um lugar onde a alma descansa e o humano se reencontra.



Seja bem-vindo à psicoterapia e continue nos acompanhando.



Psicóloga Popular | Psicologia Viva Zen !

 
 
 

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