O Peso de Querer Controlar o Incontrolável
- Psicóloga Laís Almeida

- 9 de nov.
- 2 min de leitura

Há um cansaço silencioso que habita as almas que insistem em controlar o incontrolável. É um fardo invisível, mas pesado, que se acumula nos ombros de quem busca previsibilidade num mundo tecido por incertezas. O controle, quando se transforma em prisão, nasce do medo, medo de perder, de errar, de sofrer, de não ser suficiente. Tentamos antecipar o amanhã, corrigir o imprevisto, domar o caos, como se a vida fosse uma equação exata e não um poema em constante reescrita.
Compreendemos que a necessidade de controle é, muitas vezes, uma resposta à angústia da finitude e da liberdade. Ao tentarmos controlar tudo, fugimos da vulnerabilidade de existir e do fato de que nada é garantido, de que o tempo escorre, e de que somos eternos aprendizes diante do mistério. Esse controle excessivo não liberta; adoece. Ele gera ansiedade, culpa e frustração, pois a realidade insiste em ser o que é, e não o que gostaríamos que fosse.
A sabedoria, talvez, esteja em aceitar o incontrolável como parte da beleza da existência. Soltar o controle não é desistir, é confiar. É reconhecer que há forças maiores do que nossa vontade, e que viver é, em essência, navegar entre o domínio e o abandono.
Quando aprendemos a conviver com a incerteza, o corpo respira, a mente silencia e o coração se abre ao presente. O peso do controle se transforma em leveza, e o medo em entrega. Porque o que realmente nos sustenta não é o controle, mas a coragem de estar inteira e serenamente no fluxo indomável da vida.
Por vezes, é no caos que descobrimos a harmonia que o controle jamais poderia nos dar.
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