O transtorno do espectro autista é uma desordem causada por alterações neurológicas e no desenvolvimento, caracterizada por comprometimento de dois domínios principais: déficit na comunicação e interação social e padrões repetitivos de comportamento, atividades e interesses.
A apresentação clínica pode ser bem diversa, desde sintomas bem evidentes, até características sutís. A idade de início dos sintomas pode variar. Em geral, o quadro é reconhecido a partir de 2 anos de idade, mas em quadros graves suspeitados antes de 12
meses. Conforme o nome "espectro" sugere, existem variadas formas de apresentação.
A fisiopatologia não é bem elucidada, mas parece atrasar o desenvolvimento e levar a circuitos cerebrais anormais em áreas responsáveis por funções sociais, alta cognição, emoções e linguagem. Temos a interação de fatores de risco genéticos, pré e perinatais.
Os objetivos gerais do tratamento são maximizar o funcionamento, levar a criança a alcançar independência e melhorar sua qualidade de vida. Podemos utilizar intervenções comportamentais e educacionais com o acompanhamento de psicoterapia, fonoaudiologia, psicopedagogia e terapia ocupacional, avaliando as necessidades de cada paciente de forma individualizada.
O tratamento farmacológico é dirigido apenas para controle de sintomas alvo, como
hiperatividade, irritabilidade, agressividade, sintomas ansiosos, sintomas depressivos e
disfunções do sono.
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