Ansiedade Silenciosa : Quando o Corpo Fala Antes da Mente
- Psicóloga Laís Almeida

- 9 de nov.
- 2 min de leitura

Há ansiedades que gritam, e há aquelas que sussurram, tão baixinho, que quase não percebemos. A ansiedade silenciosa se manifesta em corpos que falam quando a mente ainda não encontrou palavras. São os apertos no peito, as dores de cabeça constantes, o estômago revirado, o sono que não chega. O corpo, sábio e impaciente, denuncia o que a alma tenta ocultar: um medo que não se reconhece, uma tensão que não se confessa, um sofrimento que se disfarça de normalidade.
Essa forma de ansiedade é sorrateira. Não explode em crises visíveis, mas corrói por dentro. A pessoa sorri, trabalha, conversa e, ao mesmo tempo, sente o coração acelerar sem motivo. Vive como se estivesse sempre à beira de algo que não entende. É um mal que se esconde atrás da produtividade, da calma aparente, do “estou bem” dito por hábito.
O existencial nos convida a olhar além dos sintomas, reconhecendo que o corpo é expressão da existência. Ele traduz o que a consciência não ousa admitir: o medo do futuro, a culpa do passado, a angústia do viver. Escutar o corpo é escutar a própria existência, é permitir que a verdade do ser encontre voz.
O cuidado começa no reconhecimento: perceber que o corpo não é inimigo, mas mensageiro. Quando o corpo fala, é a mente pedindo socorro em silêncio. A psicoterapia, nesse contexto, se torna um espaço de tradução, onde o corpo pode descansar e a mente aprender a nomear o que sente.
No fim, a ansiedade silenciosa nos convida a um gesto de coragem: desacelerar, respirar e ouvir o próprio corpo com ternura. Porque, às vezes, o primeiro passo para curar a mente é acolher o que o corpo já vinha tentando dizer há muito tempo.
Seja bem-vindo à psicoterapia e continue nos acompanhando.
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