Ser empático, apesar de nobre e genuíno, por vezes se torna uma missão complicada. Inúmeras são as situações em que somos apresentados e em que nossa empatia, ou seja, capacidade de compartilhar do sentimento, sofrimento e emoção do outro, se coloca presente. Empatia a alguém é se conectar de forma genuína com o que o outro está passando.
Mas vale a ressalva, que ser empático não traz a totalidade desta sensação de acolher o sofrimento alheio, pois cada dor é única e singular e por mais que falemos saber como é estar em tal situação, isso acaba por ser, tecnicamente, mentira. Não, nunca saberemos o que o outro de fato está sentindo. Mesmo que passássemos a mesma situação, tão igualmente sofrida, ainda sim sentimos de forma única. Cada dor é uma dor, cada história é uma história.
Afinal, o que de fato é empatia e por que devemos nos exercitar dela?
A empatia é se permitir conectar à experiência que o outro está passando. É tentar se aproximar com os devidos cuidados que a ocasião pede. Exercitar a empatia é trabalhar a humanidade, o respeito, a compaixão, a admiração e resiliência do outro. Se colocar empático é saber que haverá situações onde nós mesmos necessitamos desta atitude.
Como trabalhar a empatia?
Trabalhar a empatia requer proximidade e proximidade requer permissão de si e do outro. Toques físicos como abraço, afago, juntar de mãos simbolizam empatia quando a aproximação ao espaço pessoal do outro é permitida. Oferecer dizeres de conforto, olhar genuíno e espaço para o choro deste também simbolizam.
Empatia não é invasão, não é chorar descontroladamente junto, não é desmerecer ou culpar. Empatia é apenas ofertar um espaço-tempo para sentir, refletir, dividir e entender o que está ocorrendo, sem o peso do julgamento ou opinião sem sensibilidade. Empatia não é passar a mão na cabeça, é estender a mão.
Busque e transcenda seu ato empático. Continue nos acompanhando e seja bem-vindo a psicoterapia.
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