A Diferença entre Viver e Apenas Sobreviver
- Psicóloga Laís Almeida

- 2 de dez.
- 2 min de leitura

Há uma distância silenciosa entre o ato de respirar e o de realmente existir. Sobreviver é o instinto que nos mantém de pé; viver é a consciência que nos faz dançar, mesmo quando o chão parece ruir. Enquanto sobreviver é seguir o curso dos dias como quem cumpre uma sentença, viver é escolher o rumo com o coração desperto, é sentir-se autor da própria travessia.
Apenas sobreviver é acordar sem presença, comer sem sabor, amar sem entrega. É estar no mundo, mas não ser no mundo. Nessa condição, a pessoa torna-se refém de rotinas e medos, prisioneira de um tempo que não lhe pertence. A existência perde cor, e o amanhã se transforma num eco do ontem.
Já viver é mergulhar com coragem na incerteza. É suportar o medo sem deixar de caminhar. É construir sentido, mesmo quando a lógica se desfaz. É compreender que o sofrimento, ainda que doloroso, também ensina e transforma. Viver é ousar sentir e, portanto, ousar perder, mudar, recomeçar.
Do ponto de vista psicológico, sobreviver é agir no modo automático, desconectado de si. Viver, ao contrário, é um gesto de presença: é escutar o que habita dentro, dar nome às próprias emoções e permitir-se vulnerável. O viver exige autenticidade, encontro e transcendência, três pilares que sustentam a alma humana.
No fundo, a diferença entre viver e sobreviver está no grau de consciência que aplicamos a cada instante. Quem vive, mesmo diante da dor, encontra poesia no caos e sentido no vazio. Quem apenas sobrevive, teme o próprio silêncio.
Viver é, portanto, um ato de coragem: o de ser inteiro no breve intervalo entre o nascer e o morrer.
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